Encontro Nacional de Arquitectos, Dezembro 1969
1. O Encontro foi o fim do mito dos problemas sectoriais e da eficácia das soluções sectoriais:
Foi A DERROTA DO ACTIVISMO ESCAPISTA.
2. O Encontro foi o fim do mito da classe como associação fraterna, na unificação da irrealidade de uma solidariedade corporativista:
NÃO SOMOS AMIGOS POR SERMOS ARQUITECTOS.
3. O Encontro motivou o aparecimento de agrupamentos informais que esquematicamente se distribuiram em ultrapassados, ortodoxos, oportunistas e não alinhados:
NÃO SOMOS ARQUITECTOS POR SERMOS AMIGOS.
4. O Encontro, organizado na ambiguidade, resolveu-se em oposição à tendência paternalista-dirigista-
HÁ MITOS QUE SE AFIRMAM APODRECENDO.
5. O Encontro foi início de um processo que acredita que só pela dinâmica da assembleia se pode descobrir porquês, comos e quandos:
A COMUNICAÇÃO É ESPERANÇA.
Alberto Oliveira
Luís Filipe Medeiros
Manuel Vicente
—
[Este pequeno depoimento faz parte de um artigo de Carlos Duarte (publicado na revista Arquitectura, n.º110, pp.206-207) que reúne diversos depoimentos entregues à redacção da Arquitectura por alguns dos participantes do ENA – Encontro Nacional de Arquitectos realizado na Sociedade Nacional de Belas-Artes, em Lisboa, nos dias 6, 7 e 8 de Dezembro de 1969.]